sábado, 1 de agosto de 2009

AVIADORES QUE FIZERAM HISTÓRIA III





Medalha dada a Charles Lindenberg por Hermann Göring num jantar em 1938
na Embaixada dos estados Unidos em Berlim.
(Fotos obtidas no Google)

Charles Lindbergh
Piloto do correio aéreo foi o primeiro a sobrevoar o Atlântico num vôo sem escalas,tornando-se aos 25 anos um ícone da aviação.
O aviador Charles Lindbergh nasceu no dia 4 de fevereiro de 1902, em Detroit, Estado de Michigan, nos Estados Unidos da América, e cresceu em uma pequena cidade chamada Little Falls, no Estado de Minnesota.
Era filho de Charles August Lindbergh - um imigrante sueco que atuou como advogado e foi membro do Congresso norte-americano (entre 1907 e 1917) - e de Evangeline Lodge Land Lindbergh, uma professora de ascendência inglesa, francesa e irlandesa.
Aos oito anos de idade, Lindbergh viu, pela primeira vez, um avião. O piloto era o corajoso Lincoln Beachey, conhecido por suas perigosas acrobacias aéreas. Ali nasceu o amor de Lindbergh pelos aviões.
Depois de terminar a escola secundária, aos 18 anos Charles entrou para a Universidade de Wisconsin, a fim de estudar engenharia mecânica. Um dia, ao presenciar a aterrissagem de um avião no campus da universidade, decidiu abandonar os estudos e tornar-se piloto.
Inscreveu-se como aprendiz em uma companhia de aviação no Estado de Nebraska e realizou seu primeiro vôo em abril de 1922.

Ali, aprendeu os elementos essenciais para a construção de um avião e começou a participar de vôos com os Barnstormers, famosos acrobatas do ar, quando aprendeu a caminhar sobre as asas dos aviões e a realizar arriscados saltos de pára-quedas.
Em 1923, fez seu primeiro vôo solitário, em um avião Curtiss Jenny, que adquiriu no Estado da Geórgia por 500 dólares. Um ano depois, alistou-se no Exército, seguindo para o curso de piloto da Reserva do Serviço Aéreo Nacional. Graduou-se em 1925 como o melhor piloto da sua classe.
Após o serviço militar, foi contratado pela empresa Robertson Aircraft Corporation para fazer vôos de correio entre St. Louis e Chicago.
Secretamente, no entanto, Charles acalentava o mesmo sonho de todos os pilotos da época: ganhar os 25 mil dólares oferecidos pelo dono de um hotel de Nova York, o francês naturalizado norte-americano Raymond Orteig, para o primeiro aviador a voar de Nova York a Paris sem escalas.

Em 1927, vários pilotos já haviam perdido suas vidas tentando realizar a proeza, mas Lindbergh estava certo de que poderia vencer, se tivesse o avião adequado. Naquela época, a esmagadora maioria dos pilotos considerava os aviões monomotores muito frágeis para fazer um vôo tão longo, e todas as tentativas haviam sido feitas com aviões de dois, três ou quatro motores.
Lindbergh pensava exatamente o contrário, e convenceu alguns homens de negócios de St. Louis a financiar a preparação de um avião monomotor para fazer o vôo.
A Companhia Aeronáutica Ryan, de San Diego, na Califórnia, foi escolhida e construiu um modelo Ryan NYP (um Ryan M-2 modificado).
Lindbergh o apelidou de "Spirit of St. Louis", em homenagem aos seus patrocinadores.
Nos dias 10 e 11 de maio de 1927, Lindbergh testou o avião, indo de San Diego a Nova York, com uma parada em St. Louis.
O tempo de duração do vôo foi de 20 horas e 21 minutos - era um novo recorde transcontinental.

A 20 de maio, Lindbergh e o "Spirit of St. Louis" decolaram do campo Roosevelt, em Long Island, perto de Nova York, às 7:52 da manhã.
Às 10:21 da noite do dia 21, 33 horas e 32 minutos depois de ter partido dos EUA, Charles Lindbergh pousou no Campo Le Bourget, próximo a Paris.
Ele tinha voado mais de 5.700 km.
O vôo foi uma verdadeira epopéia, durante a qual Lindbergh enfrentou neblina, ventos fortes, formação de gelo nas asas e, principalmente, o cansaço. Voando a 3 mil metros ou quase rascando as águas do Atlântico, ele alcançou seu objetivo.
O vôo de Lindbergh eletrizou as pessoas em todo o mundo.
O presidente dos EUA, Calvin Coolidge, concedeu-lhe a Medalha de Honra do Congresso.
Em 1927, Lindbergh publicou um livro, "Nós", descrevendo as quase 34 horas de vôo.
A seguir, percorreu os EUA, divulgando o trabalho da Fundação Daniel Guggenheim, que tinha por objetivo promover a aeronáutica. Também conheceu a pesquisa sobre foguetes realizada por Robert H. Goddard e convenceu a família Guggenheim a patrocinar suas experiências, o que viria a favorecer o desenvolvimento de mísseis, satélites e viagens espaciais.
Lindbergh também trabalhou como consultor para várias empresas aeronáuticas e linhas aéreas comerciais. Nesse mesmo ano, ao visitar o México, conheceu Anne Spencer Morrow, com quem se casou.
Em março de 1932, o primeiro filho de Charles e Anne foi seqüestrado.
Dez semanas depois, o corpo da criança foi encontrado em uma floresta.
Para fugir do assédio dos repórteres, os Lindbergh se mudaram para a Europa.
Em 1934, um tribunal condenou à morte Bruno Hauptman pelo seqüestro e assassinato do bebê Lindbergh, mas até hoje pairam dúvidas em relação ao inquérito e ao processo.
Em 1935, Lindbergh colaborou com o médico Alexis Carrel na criação de um aparelho que proporcionava um "sistema de respiração estéril" aos órgãos que fossem extraídos do corpo de animais.
Entre 1935 e 1939 realizaram-se experiências com esse aparelho, denominado "Lindbergh-RIMR perfusion pump". Utilizando a invenção, Carrel conseguiu que o batimento cardíaco de alguns animais se mantivesse estável durante cerca de 12 horas.
Em 1938, publicou, junto com Lindbergh, o livro "The cultura of organs".
A parceria Carrel-Lindbergh foi importante para se compreender o fenômeno da regeneração, crescimento, nutrição e secreção interna dos órgãos.Na Europa, Charles também pôde estudar a organização e o funcionamento das forças aéreas de vários países.
O fato de aceitar uma condecoração alemã em 1938, bem como seus discursos em favor da neutralidade dos EUA na II Guerra Mundial e até mesmo de apoio a Hitler, valeram-lhe severas críticas, forçando Lindbergh a renunciar ao seu posto na Força Aérea.
"Onde, na vida, no espaço e na matéria, haverá lugar para a guerra? Como justificar uma igreja numa alça de mira? É a luta uma parte essencial do plano universal? Ou encontrará o homem, evoluindo, um caminho que conduza à paz mundial?"
( Lindbergh narrando seu primeiro voo de combate)
Após o bombardeamento de Pearl Harbor pelos japoneses, ele tentou voltar à Força Aérea, mas foi recusado. Trabalhou, então, como consultor da Ford Motor Company, mas em abril de 1944 tornou-se consultor do Exército e da Marinha dos Estados Unidos, voando em cerca de 50 missões de combate.
Durante esse período, inventou um dispositivo que tornava os aviões de caça melhores e mais fáceis de pilotar.
Depois da guerra, Lindbergh trabalhou como consultor para o chefe do Estado-Maior da Força Aérea. Também atuou como consultor para a empresa aérea Pan American.
Em 1953, publicou uma nova edição, ampliada, de seu livro "Nós", a qual chamou de "O espírito de St. Louis", ganhando com o livro o Prêmio Pulitzer de 1954.
Nesse mesmo ano, o presidente Eisenhower nomeou-o general brigadeiro da Força Aérea dos Estados Unidos.
Lindbergh continuou a viajar pelo mundo.

Visitou a África e as Filipinas. Durante seus últimos anos de vida, passou a interessar-se pela conservação da natureza.
Faleceu no dia 26 de agosto de 1974, na sua casa em Mauí, no Hawai.
Em 1957, Billy Wilder dirigiu o filme "O herói solitário" ("The Spirit of St. Louis"), sobre a vida de Lindbergh, no qual o aviador é interpretado por James Stewart.
No Brasil, a Editora Cia. das Letras publicou a melhor biografia sobre o aviador norte-americano: "Lindbergh - uma biografia", de A. Scott Berg.

Fonte:UOL Educação-Biografias- Google

Vídeos em honra a heróica façanha feita por Charles A.Lindbergh:

Charles Lindbergh's Flight and Return
Actual footage of Lindbergh's 1927 flight. Aviator Charles A. Lindbergh takes off from New York on his solo transatlantic flight between America and Europe and arrives in Paris; newsreels conclude...
The Federalist Party - 15.03.2007

http://www.youtube.com/watch?v=qz41ToPYhQM&feature=related
Calvin Coolidge honours Charles Lindbergh 1927 Victor
This was recorded at a public gathering to honour Charles Lindbergh after his heroic flight in 1927
4 de fevereiro de 2008 - por MickeyClark

http://www.youtube.com/watch?v=MVsKexLWa7s&feature=related

3 comentários:

  1. gostei desse texto me deu mais aprendizado sobre o aviador Charles Lindbergh eu tenho certeza que ao chegar meus 18 anos vou cursar um curso de aviões e me tornar um proficional

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  2. Parlow Holffman Domingos19 de agosto de 2010 às 10:22

    Esse texto é extremamente inspirador, principalmente para todos aqueles que sonham com os céus, como eu. Eu estou mais do que decidido à entrar na Academia da Força Aérea e me tornar um piloto, e assim como Lindbergh, eu faça a minha história e ajude o meu país.

    Ass: Parlow Holffman Domingos

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  3. "...decidiu abandonar os estudos e tornar-se piloto..." acho que isso está acontecendo comigo há anos, sempre tenho vontade de aprender a pilotar um avião mesmo que demore, mesmo que custe, faço por mim e pela minha família, nasci da terra mais sou um filho dos céus e morrerei nele.

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