terça-feira, 3 de novembro de 2009

DIRIGIBILIDADE DOS BALÕES

Bartolomeu Gusmão-"O Padre Voador"
"A PASSAROLA"

Santos Dumont,Augusto Severo e Sachet

O balão PAX na primeira e última tentativa de subir

12 de maio de 1902-o acidente do PAX

Placa na Av.Maine- Paris, local aonde o PAX explodiu

Santos Dumont em um dos seus balões

Em 19 de outubro de 1901, Santos Dumont circulou a Torre Eiffel pilotando o dirigível
nº6,que lhe concedeu o premio "DEUTSCH" .

DIRIGIBILIDADE DOS BALÕES

O interesse pelos balões na Europa começou com o padre brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão, no dia 8 de agosto de 1709; foi feita já a terceira experiência, agora no Pátio da Casa da Índia, na presença de D. João V, a rainha D. Maria Ana de Habsburgo, o Núncio Cardeal Conti, o Infante D. Francisco de Portugal, o Marquês de Fonte, fidalgos e damas da Corte e outros personagens.
Desta vez com sucesso absoluto.
O balão ergueu-se lentamente, indo cair, uma vez esgotada sua chama, no Terreiro do Paço.

Havia sido construído o primeiro engenho mais Ieve que o ar.
O Rei ficou tão impressionado com o engenho que concedeu a Gusmão o direito sobre toda e qualquer nave voadora desde então. E para todos aqueles que ousassem interferir ou copiar-lhe as idéias, a pena seria a morte.

O invento do Padre chamou-se ‘Passarola’, em razão de ter a forma de pássaro.
A concepção e realização do aeróstato por Bartolomeu de Gusmão foi um passo gigantesco, que representou a invenção, idealização e objetivação do flutuador aerostático, donde deveria sair a aeronave, sendo corretamente considerado o ‘Pai da Aeroestação’; foi precedido 74 anos depois pelos os irmãos Montgolfier, que voaram num balão de ar quente em 1783.

Utilizando o mesmo princípio de Bartolomeu Lourenço de Gusmão, o francês Joseph Michel e o seu irmão Jacques Etienne construíram o primeiro balão que obteve resultados práticos.

Em 5 de junho de 1783, em Annonay/França, encheram com fumaça de fogueiras de palha um balão de linho, com 32 metros de circunferência, elevou a uma altura de cerca de 300 metros, caindo dez minutos depois, à distância de três quilômetros.
Joseph Montgolfier repetiu a experiência em 19 de setembro de 1783, perante o Rei de França.

Em fim de agosto de 1793, os irmãos Robert, sob a orientação do físico James A. Charles, subiram a 915 metros e permaneceram no ar quase 45 minutos num balão cheio de oxigênio, no qual percorreram 24 km.
Os primeiros homens a subir num balão, foram Jean Pilatre de Rozier e o Marquês D´Arlandes, ambos da corte de Luiz XVI.

Entre muitos que deixaram seus nomes na história dos balões,cita-se ainda:
John Jeffries e Francis Blanchard, que atravessaram o Canal da Mancha num balão, em 1785; Manck Mason e Charles Green que percorreram cerca de 800 km, de Londres a Weilburg/Alemanha; e o Visconde Henri de Vaux, que viajou de Paris a Kostichiev, na Russia, cobrindo cerca de 1900 km.

Continuava sem solução o problema da dirigibilidade dos balões.
Em 1851, Henri construiu um balão fusiforme e adaptou-lhe um motor de 3c.V., abrindo o caminho para a solução do problema.
Em 24 de setembro de 1852, conseguiu realizar um vôo mais ou menos dirigido.
(A notícia não esclarece detalhes do motor de 3 c.v.. usado, provavelmente motor elétrico). .
Somente a adaptação de motores a gasolina aos balões se deu, graças à genialidade de Santos Dumont, possibilitando o aparecimento dos verdadeiros dirigíveis.

Três brasileiros estão intimamente ligados às histórias dessas aeronaves:

Bartolomeu Lourenço de Gusmão
O 'PAI DA AEROSTAÇÃO', nasceu em Santos, São Paulo e morreu em Toledo na Espanha em 1724.
Foi sacerdote, cognominado o “Padre Voador”.
Estudou Direito Canônico na Universidade de Coimbra, onde se ordenou sacerdote. Nomeado Capelão da Casa Real por Dom João V. Padre Gusmão começou a se interessar pelos planos de um aparelho voador.
Foi uma bolha de sabão elevando-se, ao se aproximar do ar quente ao redor da chama de uma vela, que acendeu o intelecto de Gusmão para a diferença entre as densidades do ar.
"Um objeto mais Ieve que o ar poderia então voar!".

A concepção e realização do aerostato por Bartolomeu de Gusmão foi passo gigantesco, que representou a invenção, idealização e objetivação do fIutuador aerostático, donde deveria sair a aeronave, sendo corretamente considerado o Pai da Aeroestação e precedido em 74 anos os irmãos Montgolfier, que voaram em um balão de ar quente em 1783.
Foi suspeito aos olhos da Inquisição do seu próprio invento, pois nele perceberam obra de feitiçaria.
O seu maior mérito foi ter sido o primeiro homem do novo mundo a apresentar um grande invento.

Augusto Severo de Albuquerque Maranhão
Nasceu em Macaíba/RN, em 11 de janeiro de 1864. Foi jornalista, editor do jornal “A República”, político e aeronauta.
Introdutor do dirigível semi-rígido.
Sua primeira aeronave recebeu o nome de “Bartolomeu de Gusmão” e foi experimentada a 14 de fevereiro de 1894, em Realengo, Rio de Janeiro.
Em 1902, reuniu todos os meios disponíveis, incluindo ajuda de amigos e parentes, viajou à Paris para construir o balão “PAX”.

No mesmo ano construiu o balão “PAX”, na cidade de Voujirard, com a ajuda do mecânico George Sachet. A barquinha era feita de bambu e junto a ela estavam fixados dois motores Buchet, de quatro cilindros cada um, de 16 hp e de 24hp.

O aparelho representava uma nova concepção de dirigível, a barca e o eixo longitudinal do envelope contendo o gás formavam um trapézio, cuja base inferior era constituída pela primeira e a base superior pelo segundo.
Dessa maneira, a oscilação era reduzida, diminuindo as perdas de velocidade, capacidade de manobra e superando uma das causas de freqüentes acidentes. Foi testado, chegando a 400 metros de altitude.
No dia 12 de maio de 1902, fazendo o vôo esperado pela população parisiense o balão explodiu falecendo ele e seu mecânico Sachet.

Na França, no local da queda de Severo existe hoje uma placa de mármore(foto acima) com os seguintes dizeres:

"À la memoire de L`Aéonaute Brésilien AUGUSTO SEVERO et de son mécanicien français GEORGE SACHÊT Chute du dirigible PAX - Av du Maine.
Le 12 mai de 1902".
O terceiro aeronauta brasileiro e o grande nome é o de Santos Dumont, mineiro, nascido em 20 de julho de 1873, que ainda menino falou:
“Um dia, o homem há-de voar!”
Esse finalmente resolveu definitivamente o problema da dirigibilidade dos balões.
E, a 12 de Outubro de 1901 sobe no balão n.º 6, dá uma volta completa à Torre Eiffel e regressa a Saint-Cloud.
Demorou 31 minutos, mais um do que o regulamento do prémio estabelece como limite.
Ovações da multidão e hesitações do júri.
Finalmente, o prémio é-lhe entregue, pois, embora ainda no ar, atravessou a linha de chegada dentro do tempo.
Santos-Dumont reparte o valor do prêmio com técnicos e auxiliares e o que resta é distribuído por operários desempregados.
O êxito internacional chega por fim.

O assunto balões, a partir de Bartolomeu Lourenço de Gusmão, tomou conta da Europa.
Os interessados seguiam às experiências do padre Bartolomeu e a aerostação ia cada dia conquistando mais um passo a frente.

Fonte e Fotos: Google

www.redetec.org.br/inventabrasil/severo.htm
http://www.vidaslusofonas.pt/santos_dumont.htm
http://www.reservaer.com.br/galeriahonra/Bartolomeu-Gusmao.html
http://www.e-biografias.net/biografias/bartolomeu_gusmao.php)



***

Nenhum comentário:

Postar um comentário