domingo, 22 de novembro de 2009

RUBEN MARTIN BERTA

"Não quero envelhecer antes de ter construído alguma coisa,algo de que meus descendentes se orgulhem" - dizia o presidente da VARIG aos amigos mais próximos.


Ruben Martin Berta, criador da Fundação que leva seu nome e que hoje detém a maior parte do controle acionário da Varig, nasceu em Porto Alegre em 5 de novembro de 1907.
Filho de Martin Felix Berta e Helena Maria Lenz, Ruben viveu a infância e a adolescência dentro do padrão das famílias de classe média da capital gaúcha.

Ingressou no curso de Medicina e em 1927; para ajudar a sustentar sua família, atendeu a um anúncio de emprego de uma companhia de aviação comercial em implantação, a S.A. Empresa de Viação Aérea Rio-Grandense – Varig.
Aceito para a vaga, aos 19 anos Ruben Berta tornou-se o primeiro funcionário da nova companhia aérea.

O alemão Otto Meyer, fundador da empresa, costumava contar que o candidato nada lhe perguntou sobre salário, tarefas ou extensão da jornada de trabalho – apenas aceitou o emprego e o desafio.

Além do rotineiro trabalho da escrita contábil, Ruben Berta cuidava dos despachos e das comunicações, quando não estava varrendo o escritório ou embarcando os passageiros nos aviões.
Foram estes anos de aprendizado que o prepararam para assumir o comando da empresa na época da Segunda Guerra Mundial e fazê-la decolar no pós-guerra.

Acompanhando a trajetória da empresa desde o seu início e chegando à sua presidência em 1941, após a renúncia de Otto Meyer em 1945, Berta sugeriu a criação de uma Fundação dos Funcionários da Varig com o objetivo de oferecer benefícios aos trabalhadores e seus familiares.

Ele convenceu os acionistas a doarem 50% das ações da companhia para a entidade, além de uma quantia em dinheiro próxima ao valor dessas ações para que pudesse entrar em operação imediatamente.
Batizada de Fundação Ruben Berta em homenagem a seu criador, a entidade cresceu e chegou a controlar 87% do capital volante da empresa.

Ainda nos anos 40 a Varig, sob o comando de Berta, ampliou suas rotas para além das fronteiras do Rio Grande do Sul, voando em direção ao Prata e aos grandes centros do país nas regiões Sul e Sudeste.

Nos anos 50 e 60 foram inauguradas rotas para os Estados Unidos e para a Europa, fazendo a Varig saltar da condição de companhia nacional de médio porte para uma empresa de aviação internacional de prestígio.

Ruben Berta morreu em 14 de dezembro de 1966, aos 59 anos, acometido por um enfarte fulminante enquanto preparava uma reunião da diretoria da Varig no edifício-sede do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

FONTE: Forum Contato Radar

http://forum.contatoradar.com.br/index.php?showtopic=21030&mode=threaded&pid=172069

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Sobre Ruben Berta

“Em qualquer atividade sairia vitorioso. Personalidade brilhante, era um homem de visão”

(Joyce Costa Paliosa-secretária de Ruben Berta por quase 20 anos)

Sobre a Fundação que leva hoje o seu nome:

“O resultado do trabalho deve voltar ao braço de quem o produziu”,
dizia Ruben Berta.

“O resultado do trabalho vinha para os funcionários.
Centro médico, restaurante. Ele queria todos bem alimentados e com saúde”

(Joyce Costa Paliosa)

“Se preocupava muito com a família. Acho que é por isso que se preocupava tanto com a família Varig e fez a Fundação para deixar as famílias dos funcionários com proteção e segurança”

(Ivone Berta Azevedo -filha mais nova)

Fonte: Tanise Scherer / JT
Jornal de Turismo

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Aproveito para assinalar importantes ações na Varig
sob o comando de Ruben Berta:

* a primeira empresa brasileira a voar Rio de Janeiro/ Nova York usando o quadrimotor Super G-Constallation.

* a primeira a introduzir nas suas linhas o avião a jato (avião France a jato Caravelle em seguida o Boeing 707).

* tornou a Varig a maior e melhor empresa aérea brasileira, concorrendo com as maiores companhias aéreas do mundo.

NOTA: Quando a Varig iniciou os vôos internacionais para os Estados Unidos, Ruben Berta viajou pelo Brasil visitando as filiais da empresa, conferindo os resultados daquele novo serviço.

Sua visita a Natal foi breve, esteve na Agência da VARIG que funcionava na Av. Tavares de Lira, e fez questão de apertar a mão de todos os funcionários que se encontravam no momento.

Pareceu uma pessoa simples, descontraída, com o carisma dos grandes líderes que ascendeu pelos próprios méritos.

Seus descendentes só têm mesmo que se orgulhar dessa figura que foi tão grandiosa para a aviação comercial brasileira.
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Um comentário:

  1. Este senhor muito conceituado, foi chefe de meu Pai, e ele como eu era ainda pequeno me carregou no colo. Tenho saudades deste tempo, hoje me encontro com 68 anos e tenho belas recordações, pois meu Pai foi diretor da Aerovias Brasil, Panair do Brasil e do Loyd Aereo, quantas saudades.

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