terça-feira, 9 de junho de 2009

AVIÕES QUE FIZERAM HISTÓRIA - V



(Essas imagens são pinturas feitas por Gustavo Aguiar-
Repintor-Grupo de design do site :http://www.texturasbr.uni.cc/home/?act=staff )


SE 210 CARAVELLE

O Caravelle foi um avião bem sucedido, o primeiro jato desenhado no mundo para linhas curtas, produzido pela empresa francesa SUD AVIATION.

A concepção do modelo remontando ao ano de 1946 só foi autorizado pelo governo francês no ano de 1951.
Até então a aviação civil só conhecia aeronaves movidas à hélices.

Levaram quatro anos para construir o protótipo, o primeiro avião com as turbinas instaladas na cauda, depois foi imitado pelos americanos com Boeing 727 e na Inglaterra com o DC9.

O vôo inaugural foi em 27 de maio de 1955, tendo por engenheiro de vôo Roger Beteille, que anos mais tarde tornou-se diretor da Airbus.

A Sud-Aviation, ainda passou três anos, no programa de desenvolvimento aperfeiçoando os sistemas para evitar que se repetisse a tragédia dos *COMET.

A primeira encomenda foi feita pela Air France(1956), logo depois, a empresa a usar o Caravelle foi a Scandinavian (SAS) que inaugurou os serviços com o modelo em 26 de abril de 1959.
A partir daí, o Caravelle passou a voar pelo mundo, inclusive no Brasil.No total foram produzidos 282 aviões deste modelo.

A Varig inaugurou com ele a era do jato em nosso país e por esse motivo, Congonhas/SP, foi o primeiro aeroporto da América Latina a operar utilizando a tecnologia do radar.
A seguir, veio a Panair do Brasil,e depois a Cruzeiro do Sul.
O primeiro avião da empresa foi entregue em 17 de julho de 1962.

A Cruzeiro do Sul, recebeu o seu modelo VI-R, matriculado PP-CJA em 10 de dezembro do mesmo ano.
O exemplar protótipo, estava convertido para 104 passageiros, com a evolução os novos modelos, receberam turbinas mais potentes, foram aumentados e chegaram até 140 lugares e podia atingir até 800 km.

No dia 8 de março de 1973, o último Caravelle, modelo 12, fez seu primeiro vôo de testes, encerrando assim a Sud Aviation 18 anos de fabricação.
Foi o grande sucesso da indústria aeroespacial francesa até então, mas com a chegada dos grandes jatos mais modernos o Caravelle foi perdendo espaço.
Hoje, ainda voam quatro colombianos e mais dois no Zaire. Presume-se, que doze aeronaves estão paradas em condições de vôos em vários países e alguns nos museus.
O mercado aéreo de passageiros é muito instável.
No caso do Caravelle com a capacidade em torno de 100 lugares foi desbancado pelos jatos maiores e o que se vê hoje no mundo é a volta desses jatos menores fazendo sucesso nas linhas curtas.

Foi nesse filão que entrou a nossa Embraer, em São José dos Campos/SP, construindo os seus Emb. 170 e 190 muito utilizados no mundo moderno, inclusive, aqui mesmo no Brasil com a Empresa Azul Linhas Aéreas e a sua co-irmã Jetblues que opera com sucesso nos Estados Unidos.


*Em maio de 1952,a BOAC(British Overseas Airways Corporation),tornou-se a primeira companhia aérea a incorporar motores à jato nos aviões COMET,os primeiros aviões comerciais, iniciando assim, a aviação como meio de transporte no mundo.
Em 1954,dois aviões COMET ,explodiram em pleno voo por problemas de fadiga estrutural.

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Um comentário:

  1. Contiuno acompanhando todas as belissimas noticias e acabei de receber esta que quero compartilhar, (abraço Emanuele):

    Brasil vai expandir a vigilância no mar até a costa da Africa

    De olho na vigilância dos tesouros do mar territorial brasileiro, a aviação especializada na defesa oceânica vai mudar a partir do próximo ano. Com nove novas aeronaves P-3Br, o grupo especializado da Força aérea vai levar a observação oceânica até o limite da África, expandindo consideravelmente a capacidade de busca e resgate.

    Segundo a Aeronáutica, chegam à Bahia em abril do próximo as duas primeiras aeronaves que podem voar por 16 horas no limite de alcance de até 9 mil quilômetros, ou metade disso em missão de ataque. A área de cobertura de segurança sob responsabilidade do País é de cerca de 6 milhões de quilômetros sobre o Atlântico. As aeronaves, grandes turboélices de quatro motores, ganharam notável capacidade de combate. Podem lançar o míssil ar-superfície Harpoon, com alcance de 90 quilômetros, e despejar minas antinavio. A capacidade total de carga é de 9 toneladas, incluídos torpedos, bombas guiadas, cargas de profundidade e mísseis ar-ar de curto alcance da classe Piranha. O P-3Br é a versão militar do Electra, avião que foi usado com grande sucesso na ponte aérea Rio-São Paulo entre 1975 e 1992, sem nunca ter registrado um acidente sequer.

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